Qual é a Religião do Tarot?

A resposta, no entanto, pode surpreender: o tarot não tem uma religião. Ele é um oráculo e um baralho de uso recreativo e esotérico que se popularizou no século XVIII. Composto por 78 cartas, o tarot é uma ferramenta neutra, sem vínculos religiosos diretos, embora tenha sido integrado em diversas práticas esotéricas ao longo do tempo. 

A Origem e Evolução do Tarot

O tarot teve suas origens na Europa, por volta do século XV, como um jogo de cartas. Originalmente, ele não era usado para adivinhação, mas sim como um passatempo recreativo entre a nobreza. O baralho de tarot tradicional é composto por 78 cartas, divididas em dois grupos principais: os 22 Arcanos Maiores e os 56 Arcanos Menores. 

Os Arcanos Maiores representam arquétipos poderosos e figuras simbólicas, enquanto os Arcanos Menores se assemelham a um baralho comum, divididos em quatro naipes.

Foi apenas no século XVIII que o tarot começou a ser associado ao ocultismo e ao esoterismo. Este período marcou o início do uso das cartas como um oráculo, utilizado para explorar questões espirituais, filosóficas e psicológicas. 

A partir de então, o tarot esotérico começou a ganhar espaço, sendo incorporado em várias tradições esotéricas, como a cabala, a alquimia e a astrologia.

A Neutralidade do Tarot:

Apesar de suas conexões com o esoterismo, o tarot permanece uma ferramenta neutra. Ele não é inerentemente religioso nem está vinculado a uma doutrina específica. Pessoas de diferentes crenças e religiões utilizam o tarot, cada uma interpretando e aplicando as cartas de acordo com suas perspectivas individuais. 

Por essa razão, é importante entender que o tarot em si não promove ou representa qualquer sistema de crenças religiosas.

O tarot pode ser visto como um espelho que reflete a mente e o espírito do consulente, sem impor crenças ou dogmas. Sua neutralidade permite que seja utilizado de maneiras muito diversas, desde a simples recreação até o profundo trabalho espiritual e psicológico. 

Alguns veem o tarot como um jogo de cartas inofensivo, enquanto outros o consideram uma ferramenta poderosa de transformação espiritual.

Conclusão: O Tarot e a Religião:

Em resumo, o tarot não tem uma religião. Ele é um oráculo e um baralho que, ao longo dos séculos, foi adotado por diversas tradições esotéricas e espirituais, mas permanece essencialmente neutro.

 O tarot esotérico, que associa as cartas a práticas ocultistas como a astrologia e a cabala, é apenas uma das muitas formas em que o tarot pode ser utilizado.

Independente de crenças ou práticas espirituais, o tarot oferece uma maneira única de explorar o mundo interior, permitindo que cada pessoa encontre seus próprios significados nas cartas. 

Por ser livre de vínculos religiosos, o tarot pode ser adaptado a uma ampla variedade de contextos, tornando-se uma ferramenta valiosa tanto para o autoconhecimento quanto para a prática esotérica.